Método Warren para escalar times em uma startup
São as pessoas que irão converter os valores e princípios das empresas em atitudes no dia a dia. Está aí uma máxima que Kelly Gusmão, co-fundadora e CPO da Warren, corretora digital de investimentos, não cansa de repetir. Ter um método para escalar times em uma startup é um bom caminho, já que esse processo pode ser bem desafiador, especialmente pelo rápido crescimento destas empresas.
São os valores e princípios que fazem a Warren ser única. Mas se a gente mudar a indústria de investimentos, precisamos de pessoas engajadas, verdadeiras, respeitosas, corajosas”, disse em participação da Masterclass Ebulição, promovido pelo Instituto Caldeira.
Mas, como ela mesma diz, engajamento é uma via de mão dupla
Para ter um time engajado a gente precisa desenvolver, remunerar e premiar nossos colaboradores, além, é claro, de sempre mostrar que o trabalho dele tem um propósito maior”, observa.
Atualmente, a Warren conta com mais de 800 colaboradores, 300 mil clientes e R$ 20 bilhões sob gestão. Mas tudo começou em um escritório apertado na capital gaúcha. E por isso, Kelly viveu na pele as dores de uma startup que ganha tração e precisa lidar com o crescimento do time, buscar gente apaixonada por desafios e com fit cultural para o business.
“A primeira coisa a ser feita quando a empresa monetiza uma ideia e ganha seu primeiro ‘sim’ numa rodada de investimento, é encontrar e contratar pessoas. De nada adianta a gente ter uma grande ideia se estivermos sozinhos”, enfatiza.
20 colaboradores
Quando uma startup começa a ter 20 colaboradores é aquele momento que precisa estabelecer processos de contratação e criar o setor de Recursos Humanos o quanto antes. Isso melhora também a experiência de first day dos novatos, segundo Kelly.
50 colaboradores
Até os 50 colaboradores a startup ainda pode cultivar a ideia de uma estrutura horizontal de trabalho, mas chega um momento que isso cai por terra é preciso definir lideranças e divisão hierárquica.
Chega uma hora que linearidade causa mais caos do que ajuda, aí é preciso criar hierarquia. Daí aquele grupo que era unido, já deixa de chamar o líder para tomar uma cerveja, começam também as dores da lideranças”, explica Kelly Gusmão.
100 colaboradores
O time vai crescendo e chega e já 100 pessoas! E agora? Bem, segundo a CPO da Warren, é nessa hora que a startup precisa de ajuda de fora. “Até 50 pessoas, você consegue reunir todo mundo numa sala e definir acordos, mas com 100 já não é mais assim. A comunicação já não é mais tão bem alinhada e começam a ter ruídos”.
Por isso, esse é o momento para buscar uma consultoria externa que possa te trazer a análise de alguém que está fora do olho do furacão. “Esses diagnósticos são extremamente positivos”.
250 colaboradores
É nessa hora que dá vontade de implodir”, ironiza Kelly. Nesta faase, toda startup se pergunta como seguir mantendo a cultura nos colaboradores.
A cultura, quando é forte, é passada de pessoa para pessoa. Todos devem ser promotores da cultura”, diz.
Acompanhe o vídeo com a participação de Kelly Gusmão na Masterclass Ebulição.